domingo, 24 de abril de 2016

Simplesmente

Sempre sou sereno, 

sincero e ser humano, sabiá.

Sim, sei sentir a sabiá: 

sábia, singela e singer

Sementes sadias surgem 

sobre os seus sãos sucessores. 

Suplico ser seu seguro senhor, 

senhora sabiá. 

Saiba sabiá super: 

simplesmente, sou seu.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Feito carne e unha

Somos partidários de que os iguais se reconhecem como tais.

Impera relatividade em nossas perspectivas afetivo-conjugais.

Havia reciprocidade no silêncio da admiração de ambos.

Éramos tementes na possibilidade de qualquer aproximação.

Absolutamente do nada surgiu o tudo.

Voracidade de várias vontades voluntárias.

Racionalidade zero do princípio ao fim.

Emotividade imensurável do eterno ao infinito.

No decurso da vida há raríssimos episódios de benéfica alteração psíquica.

Os corações saltitam com a estridência do carinho da celebração.

Temporal de amor que desampara nossa lucidez.

Choque anafilático na junção do beijo que estremece.

Rajada de brilho no encontro dos olhos que se escravizam.

Súbita perda de sensatez na confluência corporal.

O tempo passa como se não existisse.

A diversão é garantida na leveza do diálogo.

Nossa prospecção aponta para um elo inquebrantável.

O amor que já houve valeu uma vida.

O amor que haverá sempre existiu.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Desejo de ano novo

No início, juro que não acreditei, só que Deus sabe o que faz, porém. No aguardo da parceira que sonhei, deixei o barco correr para o além. Muito diálogo, admiração de sobra. O despertar do desejo veio à tona. Cheiro e abraço, quem não adora? Café na cozinha, amor na poltrona. Divergências há para dar e vender, convergências muito mais ainda. Será perfeito, quer pagar pra ver? Se quiser, pago qualquer preço, desejo não falta, amor que não finda. 2016: um novo amor, um novo começo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Anjo mais lindo

Anjo de olhos claros, rosto de atriz, acabou com a minha paz espiritual. Coisa mais linda, tudo que eu quis, só de imaginá-la eu já passo mal. Corpo bem branco, textura divina, acabou com a minha concentração. Jeito de mulher, doçura de menina, só de imaginá-la eu sofro do coração. O feitiço de seu semblante existe, mas seu efeito ainda desconheço. Me dê sua mão, eu sei que mereço. O mistério de sua natureza existe, mas ainda eu não provei o sabor. Me dê sua mão, me dê meu amor. 


|Bastos de Peruchi

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Quando se cria um amor

Fechei os olhos meus, pra ter o amor mais bonito. Meu desejo vai ao infinito, com as mãos de meu Deus. Eu vivo pra te fazer feliz, sem nenhum medo de errar. Do meu jeito cê vai me amar, porque não sou mais aprendiz. Os beijos que vão se perdendo serão recolhidos aos poucos, de manhã cedo até noite adentro. Minha mulher foi feita pra mim, sofrência só se for para os outros, minha história de amor não tem fim.

(Bastos de Peruchi - 20.02.15)


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Mordidas ásperas


Minhas palavras intranquilizam a paz do teu coração. Meus pensamentos ferem a tua mente feito uma flor mortífera. Meus dedos te cortam com fugacidade. Não há efemeridade no meu bem querer. Minhas unhas são facas que destroem nossas costas. Nossas línguas perfuram o céu da boca com sangue de amor. O suor com veneno sutil inunda a nossa cama de lástimas lascivas. As respirações ofegantes recordam uma locomotiva de ardência sem fim. Um copo d’água em cima do criado-mudo simboliza a nossa recomposição após as perversidades que protagonizamos. Me afogo nas suas profundidades proibidas para fazer da sua fertilidade o ar que eu respiro.

|Bastos de Peruchi

domingo, 26 de maio de 2013

Bebo da sua água

Que beleza a pureza da natureza

Nenhum receio no recheio do seio

Coração com paixão pelo colchão

Loucura de ventura nossa ternura

Quem não come a fome não some

Seja fogueira sem eira nem beira

Colírio do meu martírio de delírio

Vivo capaz de uma paz perspicaz

Sou escudo do meu tudo sobretudo

A flor do meu amor tem muito valor.