Mordidas ásperas
Minhas palavras intranquilizam a paz do teu coração. Meus pensamentos ferem a tua mente feito uma flor mortífera. Meus dedos te cortam com fugacidade. Não há efemeridade no meu bem querer. Minhas unhas são facas que destroem nossas costas. Nossas línguas perfuram o céu da boca com sangue de amor. O suor com veneno sutil inunda a nossa cama de lástimas lascivas. As respirações ofegantes recordam uma locomotiva de ardência sem fim. Um copo d’água em cima do criado-mudo simboliza a nossa recomposição após as perversidades que protagonizamos. Me afogo nas suas profundidades proibidas para fazer da sua fertilidade o ar que eu respiro.
|Bastos de Peruchi
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