sábado, 29 de outubro de 2011

Amor com pudor não é amor


Pulverizo estremecer de modo inibido
De boa índole uma união se perpetua
Inerente ao flerte se denota bom olhar
Pesar se dispersa no sumir do soutien
Expressão de amabilidade há durante
As baterias se aquecem só de pensar
Remexa os quadris na batida cardíaca
Feição coberta por cabelos destoados
As costas escoriadas nada escondem
Uma lágrima de dor sequer apareceu
Uma epidemia de calor logo ferventou
Combustão da atração vem da paixão
Contorções ofegantes são bons sinais
Quanto maior a acidez maior a doçura
Amor sem pudor cicatriza todas feridas!

(guilherme peruchi | vinte e nove de outubro de dois mil e onze)

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Dois amores se amando é amor (II)



Soluço no descompasso das retinas
Me engasgo pelas seivas deste suor
Ao me despir visto a camisa do amor
No encalço do enlaço ando descalço
Me livro solto por estar bem acolhido
Reorganizo elementos de esperança
Despedaço pudores dentro do casal
À noite me decomponho em solidão
Invenciono adereços para te morder
Desfaço as pazes para ser lembrado
Me equilibro com o trepidar do após
Em apuros me cuido nos lembrando
Me contraponho aos tatos regrados
Nos ventos mais sem rumo me solto
Com tua umidade mato minha sede!

(guilherme peruchi | vinte e oito de outubro de dois mil e onze)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Chique é ter um amor

Degusto as propriedades conjugais
Sorvo de morrer por este contato
Me desconstruo neste desconserto
Salto por tuas pernas displicentes
Sou inapropriado nas advertências
Deslize na cavidade que te recebe
Me disponho com vigor no afazer
Testemunho as versões de temor
Aquele que resolve deixa saudade
Um vinho amortece todo impacto
A corrente sanguínea bem auxilia
Me infeccionei na chama do beijo
Daquela que monopoliza meu ser!


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Prenúncio de um amor e tanto



Em êxtase neste delírio bem real
Saltito nos palcos das tuas veias
Repudio lágrimas oriundas de dor
Inexiste conduta torta malfeitora
Meus olhos transbordam ventura
Nossos lábios acoplados em vapor
Minhas armas atiram sentimento
O tempo que cicatriza concretiza
Me perco quando escuto suspiros
Fantasio despudor de luz apagada
Destilo discórdia quando insolente
Benevolente vivacidade cultivamos
Nos relatos de poesia renascemos
Mergulho no dilúvio desta afeição
Quando nos beijamos nos amamos
Em quatro anos vem outro amor!

(guilherme peruchi – dezoito de outubro de dois mil e onze)

domingo, 16 de outubro de 2011

Apontamentos sobre a família



Representa a menor célula social. Instituição da qual se constrói o caráter humano, constitui-se o equilíbrio emocional e se afigura a boa-fé do ser vivo racional. Princípio e fim, porto seguro, parâmetro, entretenimento, berço, vida, saúde, paz, consolo, orientação, conforto, amor, espelho e esperança. Na perdição, a saída do labirinto é apontada por seus anfitriões. No caminho certo, poço de apoio e orientação ainda mais benigno. Uma vez enfermo, jamais desamparado. Outra vez felicitado, todos comungam do mesmo propósito. Real sentido da prosperidade. Dias semanais de luta, feriados regados de união e lazer. Dias de fim de semana, momentos e horas de renovação mental e espiritual. Início e fim de ano, festa; meio e demais períodos, compromissos e reinvenções de rotina. Quando a instituição se dissemina é o momento mágico de celebração da perpetuação da espécie. De modo primário, amar é gostar acima de tudo de si, viver com dignidade e objetivo é o que há de mais prazeroso, apaixonar-se pelo outro é a prova mais real de que o amor que pulsa em nosso íntimo é o mesmo que queima à flor da pele. O maior amor do mundo é a eternização do próprio amor por meio da construção de uma família segura e saudável com a pessoa amada que habita o seu coração...

(Guilherme Peruchi – 16.10.2011) 

sábado, 15 de outubro de 2011

Dois amores se amando é amor


Desaguando lágrimas de solidão
Intento no fito de conjugabilidade
Na espreita de erguer nosso clã
Sórdido delírio ao te saracotear
Me concentro para nos amarmos
Me escondo para ganhar afagos
Provo tua pele no quarto escuro
Amargo sabor sem a minha flor
Doce vida ao abraçar quem amo
De mãos atadas somos o que há
Dois amores se amando é amor
Me perco ao adormecer isolado
Me encontro o mais apaixonado
Te deixo com saudades verídicas
Minha namorada é a mais linda!

(Guilherme Bastos de Peruchi | 15.10.2011)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Uma morena encantadora (X)



Desaprovo a triste despedida
que desnuda o beijo de quem ama.
Derramo formosura sem medida
ao sentir a dama que me inflama.

Resido na vivenda da carência,
se o meu encanto está distante.
Ressurjo pelas cinzas da latência,
ao reencontrá-la bem ofegante.

Um afável ressoar pelo vento
exprime o mais honesto recado:
um beijo, um abraço, um rebento.

Me aprumo no rumo conjugal
por me haver um são apaixonado.
Vivo um amor sem nada igual...

(guilherme peruchi – treze de outubro de dois mil e onze)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Uma morena encantadora (IX)



Casto compromisso me acomete
na construção de letras afetivas.
Ministro as cores mais expressivas
para o meu amor que se derrete.

Atesto retidão em nosso caso
regado pelo carinho mais límpido.
Friso que me encantei por acaso
de modo igual estou derretido.

Prevejo um namoro de respeito
do qual a confiança não faltará.
Predicados de um amor perfeito!

De boa-fé me vejo ao teu lado,
ainda distantes lealdade haverá.
Amor, posso ser teu namorado?

(guilherme peruchi – 4 de outubro de 2011)