Entre fantasias, doces e acasos
Lembro-me desta quimera revestido de morosidade. Uma loucura desmedida de possuí-la numa inconsciente dimensão. Alvejei-me despropositadamente por tua claridade epidérmica. Numa tentativa de libertar-me prossegui em letargia íntima. Ao que tudo indica não há nada previsto a ser sentido. Persevero por teus instintos primitivos com desejo inocente. As baixas temperaturas me aqueciam quando nos tornávamos um corpo só. Unimo-nos em pensamentos proibidos. Li entrelinhas libertinas regadas de carinho. As pretensões mais escorreitas se criam diante de panoramas improváveis. Parcimônia extirpo no descrever de doces alucinações. Eleita por acidente em minha mente o beijo mais quente que não se sente. Resguardo os agrados recebidos em termos de dormência. Estimo o caminhar por zonas ainda desconhecidas e bem quistas. Insurgir-me por tuas bandas me envaidece com todos acordes. Rosto de beldade que me conduz aos passos mais sensíveis neste pedaço de mau caminho. As amizades ficam mais coloridas quando colorimos o amor. Bebo do teu calor para que as nossas veias pulsem um amor à flor da pele. Intriga-me quanta afinidade no plano putativo. Sonhos se perfazem até o momento em que me torno teu doce preferido!
(guilherme peruchi – vinte e quatro de novembro de dois mil e onze)