Eu alfabetizo meu amor!
No decifrar de vozes indefesas, vocifero os ruídos mais ensurdecedores. Retiro o vestido que balança, germino as mais marcantes lembranças. O sorriso vem ao encerrarmos, eu não me responsabilizo pelos atos consentidos. No anseio de seio faço rodeio, saciado fico na fonte de vida feminina. Sedento por beijos libertinos, o pecado se purifica com a franqueza do entrelaço. Me escondo por querer aparecer, fixo moradia nas tuas planícies mais aconchegantes. Para tua saciedade eu te protejo, logo em seguida te prometo uma conversa amiga. No calor sem pudor sou fervor, os ventos antárticos se tornam indiferentes. Em tempos de frio eu te aqueço, meu encaixe lateral se rotula cobertor. Vivo perdido sem endereço, me localizo no centro da íntima umidade. Me perdoe por ser ácido sutil, veracidade exime castigo de quaisquer modalidades. Impiedoso seguro tua cintura, amarro teu cabelo bem cuidado e te conduzo. Bem sei sobre teus sussurros, tuas confidências jamais revelarei. Sobrevôo por tuas carências, eu amo a mulher pela qual me apaixonei!
(guilherme peruchi – dez de novembro de dois mil e onze)
1 Comentários:
Maravilhoso, Gui! Que leitura delícia para uma madrugada silenciosa!
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