quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Façamos amor em pensamento


Depreendo ranhuras na tua pele de porcelana. De modo voraz me lambuzo por baixo do teu vestido. Teu beijo alucinógeno me guia no apagar das luzes. Presenteio-te com abraços desregrados antes, durante e depois. Homem com pegada deixa saudade. Inúmeras mordidas serão franqueadas nos instantes de altas temperaturas. As nossas mãos não se separarão enquanto estivermos encaixados celebrando o amor despudorado. Não há necessidade de velas acesas porque durante o ato em si enxergamos no escuro. Nosso liquidificador linguístico alardeia o ápice intimista. Se o beijo encaixa com exatidão o casal se ama em forma de oração. As melhores atrações surgem de momentos insólitos. Derramo vinho por teu soutien para eu retirá-lo provando dois sabores. As minhas mãos seguram firmemente tua cintura para eu te contar um segredo por trás. Cuido-te de maneira atenciosa na enfermidade para que eu possa em seguida te possuir sem nenhuma piedade. Mato minha sede com todos os teus líquidos corporais. E a minha fome eu sacio quando o meu amor se torna o meu prato principal!

(guilherme peruchi | vinte e nove de dezembro de dois mil e onze)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Confidências meigas e ardidas


Pouso meus lábios por teu corpo claro 
Estreito minhas mãos neste seio doce
Caminho por esta trilha lírica sem volta 
Inflamo neste contato mais inolvidável
Febril na ausência do beijo que asfixia 
Inverno inexiste visto que somos calor 
O suor advindo do amor nos alimenta 
Inundação de choro nos reencontros
Há paixão desmedida cheia de razão
Transbordo-me nas trevas da solidão 
Exata junção labial reluz nitroglicerina 
Tuas peças íntimas acortinam afeição
Tremo de ferver neste enlace libertino 
Subscrevo a recíproca atração lasciva
Eu respiro o ar mais puro do seu amor!


(guilherme peruchi | véspera de natal de 2011)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Beijo bom denuncia amor inesquecível



Beijos bem encaixados abrem as portas da alma para o amor mais inesquecível. Trepido na calçada feita de encanto. Deságuo no viés de um infarto afetivo. A luz dos nossos olhos ofusca a luz do luar. Um modo peculiar de sorrir se torna trilha musical do espírito em transe. Despropósitos aniquilam desavisados descrentes nos íntimos contatos benevolentes. Sem chão quando o coração está na palma da mão se entregando sem razão cheio de emoção. As pernas ficam imóveis durante um bom beijo anestesiante. As horas que passam tão céleres questionam as leis naturais quanto ao estado relativo do tempo. Mãos emaranhadas nos mais autênticos e confusos cabelos dignos de lisonja. Claro revestimento de pele sinalizador da pureza do amor confeccionado com ardor. Os abraços mais exigentes não deixam passar os ventos quentes porque depois do beijo e da convergência corporal plantamos as melhores sementes. As estirpes intimistas se erguem com a coragem da paixão assumida e a sinceridade das sensibilidades expostas em questão. Um minuto de silêncio para que façamos amor debaixo dos caracóis dos seus cabelos...

(guilherme peruchi – quatorze de dezembro de dois mil e onze)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Entre fantasias, doces e acasos (II)



Belo rosto leviano que arrebata o desabrochar do nosso enlace. Intento de violência pacífica nesta quermesse de amabilidade facial. Sou travessura na feitura do beijo roubado no meio da rua durante uma chuva minha e sua. Peco pelo excesso de pretensão para que na prática não haja economia quando o amor meigo entrar em ação na cama e no chão. 

Externo anseio regado de confiança no intuito de manuseá-la na condição de minha noviça desinibida. Razão pela qual enalteço a emoção da carícia que ganhará em primeira mão. Encanto feminino que me enquadra no desígnio de fazermos malabarismo dentro de um quarto escuro. Impetuosidade me sobreveio ao ter conhecimento de sua existência visto que quando fecho os olhos me vejo deitado com embaraço. 

Resta-me protagonizar devaneios para fazê-la atriz dos meus delírios conscientes. Amável traquejo de sussurrar meu nome de forma abreviada ao me pedir um aconchego cheio de bom cheiro. Paro de respirar por um instante por ficar ofegante com seu mais do que maravilhoso semblante. Aos quatros cantos choraremos de saudade do ápice carnal em termos de relação sentimental. 

Urgentemente requeiro um confronto para que as lágrimas de sangue se tornem suor de amor. Laços estreitos existirão se houver perdão nos momentos de desatenção com a outra parte em questão. As suas curvas enfeitiçam a magia que me vicia e contagia. Lareira não haverá no embate labial porque o circo vai pegar fogo. 

Uma vez de mãos dadas jamais me furtarei de me lembrar das nossas saliências apaixonadas. As vozes silenciosas advindas dos nossos mimos denunciam recíproca cumplicidade. Na direção dos ventos afetivos flutuo no céu da sua boca. Aquecido por seus abraços me derreto com as chamas do seu amor!

(guilherme peruchi | dois de dezembro de dois mil e onze)