Façamos amor em pensamento
Depreendo ranhuras na tua pele de porcelana. De modo voraz me lambuzo por baixo do teu vestido. Teu beijo alucinógeno me guia no apagar das luzes. Presenteio-te com abraços desregrados antes, durante e depois. Homem com pegada deixa saudade. Inúmeras mordidas serão franqueadas nos instantes de altas temperaturas. As nossas mãos não se separarão enquanto estivermos encaixados celebrando o amor despudorado. Não há necessidade de velas acesas porque durante o ato em si enxergamos no escuro. Nosso liquidificador linguístico alardeia o ápice intimista. Se o beijo encaixa com exatidão o casal se ama em forma de oração. As melhores atrações surgem de momentos insólitos. Derramo vinho por teu soutien para eu retirá-lo provando dois sabores. As minhas mãos seguram firmemente tua cintura para eu te contar um segredo por trás. Cuido-te de maneira atenciosa na enfermidade para que eu possa em seguida te possuir sem nenhuma piedade. Mato minha sede com todos os teus líquidos corporais. E a minha fome eu sacio quando o meu amor se torna o meu prato principal!
(guilherme peruchi | vinte e nove de dezembro de dois mil e onze)