Conjecturas que conspiram a nosso favor
Conjecturas que conspiram a nosso favor. Lágrimas que se despedaçam. Líquidos dos quais se reconstroem no sentido de nutrir mais um sorriso franco e surpreso. Solvente universal que nos ‘molham’ por completo. Compreende-se rapidamente o raciocínio. Bom, pelo menos é o que espero. Frisando-se que, genuinamente, viemos de um ato umedecido, naturalmente um ato de amor.
Passa-se eventual período de distúrbio emotivo. Acontece, às vezes. Apenas nos inquieta sabermos que este período sofrido há de perpetuar-se. Prantos nos cobrem nas sufocantes tentativas de fuga do intrínseco sofrimento. Claramente, padecer do excesso intuito de misturar-se completamente junto a alma feminina pode ser fatal, porém, ergo-me e sofro – assumidamente – desse mal.
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi, entretanto busquei socorrer-me nas letras convencionais que nos acolhem nas horas mais precisas. Se há perspectiva de melhora, honestamente afirmo sem opressão que há. Por um momento me concentrei rogando ao Ser Supremo requerendo humildemente que não chovesse mais, pois nosso desejo mundano já nos satisfazia mais do que o esperado em termos de encontros iniciais.
Do nada, meramente ao acaso nos reencontramos. Sua alma me beija em tamanha profundidade que só de cogitar a inevitável saudade me desespero incontrolavelmente. Isto nada mais é do que sinonímia do amor se confortando. Ainda sinto seu cheiro e seu gosto em minha boca. Palavras alheias das quais comungo na íntegra, linda.
Corro, vejo-te correndo comigo. Caminharemos na estrada do sorriso. Sorriremos no céu dos sonhos que realizaremos de mãos dadas. A esperança amorosa renasce dentro das nossas essências espirituais mais maduras e consolidadas. Se me vou embora, choraste ti; se fico, ficamos num corpo só. Venha, mas venha sem fantasias e se perpetua se entrelaçando comigo.
Vamos vivenciar o ar mais puro dos oceanos apaixonantes que nos conduzirão ao estado mais leve no que tange a pureza de consciência e despreocupação com os problemas do mundo. Só nossa vida importará diante das adversidades. Sem censurar-me, terás meus apegos desmedidos. Tornar-me-ei cidadão do seu coração beijando seu peito esquerdo por dentro e por fora. Nosso amor que eu não esqueço e que teve o seu começo numa festa de São João!
(Guilherme Bastos de Peruchi – OAB/ES 16.878 – 27 de junho de 2010 às 14h18min)