quarta-feira, 16 de junho de 2010

Nosso amor se imagina!



Adormecendo acordo nossa vida. Pequena, é intenso meu interminável bem querer. Aproxime-se mais do que já se encontra. Sim, venha, dando-me as tuas mãos, meu coração vai ao teu encontro beijando a tua alma feito um novo amanhecer de carnaval. Nosso sonho se concretiza, nosso amor se imagina!

Resguardo-me no sentido de não mais me comprometer com paixões ocasionais, contudo, basta reencontrá-la para deixar minha compostura suscetível. Pois bem, neste bem que meu bem me ocasiona, sem querer intencionalmente me deixo ser conduzido à vitimização lírica.

Raro é conhecer interessantes feminilidades. Acontece que hodiernamente existe pretensão que me tensiona por arder-me no desejo de adentrá-la espiritualmente. Somente apague os olhos, pare, sinta-me, deixe-me conduzi-la ao meu estado de perdição que há de alimentar nosso agressivo amor inocente.

Se me solto nos corredores mundanos, perco-me pisando em chão de letras promíscuas. Enorme atormento sinto no transcorrer desta direção literária, todavia, almejo íntima vida conjugal ao perfumar nosso amor com o calor que há, ou melhor, que está por vir a colorir meu dicionário que será perdoado no batismo de nossa celebração primogênita.

Leve, acalma-me por conduzir meus pensamentos aos melhores sentidos libertinos. Lindíssima, abandono minha complacência solitária para dar-te minhas mais puras esperanças de felicidade. Mais que demais, você é linda, sim! Sou firme, porém pesquisador das artimanhas ‘meninícias’. Mas saiba, nem quero entender teu propósito, porquanto me importa apenas derreter-me de amores.

Alucina-me todo este mistério que (ainda) nos separa. Flor mais apurada do bosque cardíaco deste construtor textual que preside o presente desabafo redacional. Faça rimas comigo, erre, acerte, tente, confraternize nosso sentimento, pois se nos dermos bem após o beijo derradeiro, hei de debruçar-me sobre desequilíbrios pecaminosos.

Acordar ouvindo tua voz me exigindo favores ao acaso é o melhor motivo de começar um entusiasmante dia de semana. Ouço, e de plano, lembro-te que minha vida sorri ainda mais quando te escuto delicadamente tocar meu coração. Quando enquadro teu semblante em minha corrente psíquica, censuro as mais pontuais terapias curativas, pois com tua imagem tenho sentimento de amor.

Descortino meu sincero apreço ao teu intangível retorno de carícias. Sonho em breve apreciar os mais distantes contatos labiais que ainda teimam fugir do predador mais legítimo para desfrutá-los. Persisto nas queimaduras inoportunas que busco superar em termos de amores infrutíferos. Desenvolvi insônia por pensar demasiadamente no modelo ideal de núpcias, entretanto, um samba de primeira regado a um bom vinho tinto seco com pouco traje há de nos trazer a mais precisa dilaceração íntima.

Entregue-se, assumo que não terás calor similar. Diga-me o que sente por meu afeto, mas seja franca, pois quando te vejo, logo pressuponho nosso amor em ebulição. Querer-me bem é o que quero quando hei de tocar as tuas mais proibidas cavidades que nasceram para eu tomar posse e propriedade. Silencie-se por um momento, afinal necessito mostrá-la uma corriqueira situação, qual seja, quando te avisto, de imediato agonizo e alguma coisa acontece no meu coração!

(Guilherme Bastos de Peruchi – 16 de junho de 2010)

17 Comentários:

Às 16 de junho de 2010 às 12:22 , Anonymous Anonymous disse...

muito bom bacutia, abraço BDT

 
Às 16 de junho de 2010 às 13:12 , Anonymous henrique TC disse...

Bem enfadonho, mas envolvente, o homem mais inteligente do mundo leria isso e se envolveria com algumas frases em meio a tantas. Muito bom. Parabéns

 
Às 16 de junho de 2010 às 16:25 , Anonymous Anonymous disse...

BAUM

 
Às 16 de junho de 2010 às 16:36 , Anonymous Victor Di Giorgio Morandi disse...

Muito bom meu velho!! De uma profundidade incrível!
abraços

 
Às 16 de junho de 2010 às 16:39 , Anonymous Anonymous disse...

Lindo e profundo.
E quente.
Andas inspirado heim...
Beijos
Paloma

 
Às 16 de junho de 2010 às 16:39 , Anonymous Anonymous disse...

Monique Zanon...
Olá Guilherme, Parabéns pelas palavras, vc tem o dom de usá-las. Tive a liberdade de visitar o seu blog, que por sinal é muito interessante.
Tenha uma ótima semana.
Bjs

 
Às 16 de junho de 2010 às 17:43 , Anonymous Anonymous disse...

Guilherme, gostei bastante. Aproveitei e li outros escritos seus. Achei a crônica "Carnaval carioca" muito boa, de leitura leve. Já a deste tópico requer uma maior atenção para extrair pequenos detalhes linguísticos. Enfim, meus parabéns! Espero que continue escrevendo em profusão. Quando postar novas crônicas, me avise. Abraços
César B Martins

 
Às 16 de junho de 2010 às 21:32 , Anonymous Anonymous disse...

Guilherme...
Você como sempre arrasando em suas crônicas,
Parabéns, querido e sucesso.
Um abraço!

Thâmara Boldrini

 
Às 16 de junho de 2010 às 22:03 , Anonymous Anonymous disse...

Mestre,
Sua habilidade com as palavras eleva o sexo oposto ao estágio mais oportuno à prática do amor perfeito!!!
Parabéns pela crônica
Henrique

 
Às 16 de junho de 2010 às 22:16 , Anonymous Iuri Mori Vieira disse...

Poeta-companheiro,

A prosa é, sem sombra de dúvidas, a sua arte.
Pessoalmente, creio que esse não seja dos seus melhores, mas é uma excelente adição pro seu acervo.

Um abraço,

Iuri

 
Às 16 de junho de 2010 às 22:32 , Anonymous Anonymous disse...

Meu amigo, essa "pequena" deve ser mesmo muito especial para ter lhe provocado tamanha inspiração. Parabéns pelo texto.

Abraço,

Gabriel

 
Às 16 de junho de 2010 às 22:47 , Anonymous Paula Jenaina disse...

Muitooo Bommmm como todos...quero um para mim...bj

 
Às 17 de junho de 2010 às 22:47 , Anonymous Anonymous disse...

nussa muito bom...
Muito inspirado vc heim...rsrsrs
Parabens tá lindo...
abraços
Juliany mota

 
Às 17 de junho de 2010 às 23:49 , Anonymous Ikaag disse...

Muito linda, Gui! Profunda, sublime, magnífica! A escolha do vocabulário, então... adoro esta palavra, "hodiernamente". Perfeita! :-)
Beijos.

Glaucia Piazzi

 
Às 18 de junho de 2010 às 01:10 , Anonymous Samya disse...

Sinceramente??? Você infinitamente melhor nas crônicas, a métrica que você impõe a seus sonetos de aprisiona...na crônica você se lança, não se obriga a rima, e fica muito mais bonito envolvente.... e é engraçado como você desequilíbra entre a profanação e o ideal, não consegue decidir qual dos dois...o que dá certa singularidade para o texto... Gostei muito tem parte muito engraçadas e próprias da sua pessoa...
Acho que foi um dos melhores seus que já li!
Beijo enorme

 
Às 18 de junho de 2010 às 14:08 , Anonymous Dinah Patricia disse...

Gui, que texto lindoooooooooooo...
Adorei!!! Menino, você está cada dia melhor!!! Fico besta como essas idéias saem da sua cabeça porque eu não consigo nem começar a pensar assim..
Bonito, gostei, parabéns!!!
Beijos
Dih

 
Às 19 de junho de 2010 às 20:57 , Anonymous Anonymous disse...

Te admiro por muitos motivos, entre eles o seu dom. Embora acredite ou não, isso é divino, aliás, SÓ PODE SER! Eu amei!


pequena

 

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