terça-feira, 30 de agosto de 2011

Soneto do amor bem feito



Destilo zero pudor pela cama,
pois no amor tiro o pé do freio.
Antevi teu corpo virando chama
cálida da qual beijo sem receio...

Cortejo desejo após o vinho,
um beijo sentado outro no chão.
Predigo todo tipo de carinho,
ao me hospedar em teu coração...

Depreendo um cativante caso,
cujo desfecho há de não haver.
Amo me apaixonar por acaso...

Estimo teu traquejo feminino,
conquanto é sublime de se ver.
Nosso amor será o mais divino...


(guilherme peruchi – trinta de agosto de dois mil e onze)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Soneto do beijo por vir



Calejado pelo sereno lírico
Não há mais fármaco com eficácia
Capaz de abster-me de um satírico
Ósculo revestido de audácia

Sôfrego para queimar-me a dois
Trançado em tuas belas entranhas
Rebento pospomos para depois
Um amor com todas as artimanhas

Enigma até então afastado
Impavidez disponho para tê-la
Versejo sentimento requintado

A luz dos teus olhos há de surgir
Deflagrando-te até derretê-la
Com nosso beijo que está por vir...

(guilherme peruchi – vinte e nove de agosto de dois mil e onze)

domingo, 28 de agosto de 2011

Uma morena encantadora (II)


Mais do que uma peculiar companheira
Arrasa teu jeito de namorada carinhosa
Reconheço perversão flutuar pela beira
Incógnita feminina fiel linda cor de rosa

Assumo sentir sentimento apaixonado
Não recuso um instante contigo sequer
Anuncio que serei teu gentil namorado
Prometo respeitá-la feito minha mulher

É fresco o calor que homenageia paixão
Tanto carinho de minha parte te ofereço
Teremos uma vida boa a dois de coração

Este teu sorriso eu comungo por inteiro
Não encontrarás outro com este apreço
Eu que te doutrino um amor verdadeiro...

(guilherme peruchi – vinte e oito de agosto de dois mil e onze)

sábado, 27 de agosto de 2011

Ensandecido nesta claridade (II)


Clara, causa-me desassossego
Gentil, fiel maneira de me beijar
Atenciosa, meu bom aconchego
Casta, ensino-te a fazer devagar

Boa, requeiro tua complacência
Sorridente, abato o teu inimigo
Minha, por via de consequência
Adormecida, sou teu bom amigo

Sincera, cale-se durante o ato
Leviana, teu jeito eu cuido bem
Única, sano teu atraso de fato

Paixão, lambuzo-te e peço bis
Atração, evoluo de zero a cem
Bela, tudo que eu sempre quis...

(guilherme peruchi – vinte e sete de agosto de dois mil e onze)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Nova dissertação sobre o amor (II)



Outra dissertação acerca do amor! As melhores ocasiões, no plano afetivo, surgem de forma inesperada. Beber da sua fonte é o melhor combustível. Estimá-la por anos a fio se torna prova contundente de que há vontade de fato nesta atração. Diante dos teus olhos me vejo, porque há brilho que reluz. Se ouço tua voz, festejo o beijo adiante. E se sinto a tua pele, logo sinto que há uma bela ardência, o prenúncio que o circo vai pegar fogo.


Que mulher interessante! Porém, ainda mais interessante é a existência do interesse recíproco. O estímulo do mais nobre sentimento advém de (re) ações naturais. Quando se constrói um amor a vida faz sentido. Atração por si só não é o suficiente, sem tristeza, sem saudade, sem a dor da despedida não tem graça. Um amor fático requer atitude. Deve-se agir com autenticidade e persistência, contudo, por óbvio, revestido de bom senso. 

Quanto charme! Sinceramente, tornei-me encantador no seu sentir, pois desde o princípio continuo sincero. Sabe por quê? Porque tudo é de verdade. Nada foi precipitado, tudo foi muito bem situado, sobretudo esperado. Experiência de vida com inocência da nossa primeira puberdade. Marcante tu já és dentro de mim. Ainda que sejamos (apenas) amigos, já me dou por satisfeito, porque te considero uma pessoa especial.

Delícia de mulher! Um doce comigo. Super atenciosa, gentil, polida, atraente e sedutora. Nos teus segredos eu viro confidência. Quero cumplicidade de um caso de amor sutil. Retribuo todas as benesses que hei de receber. Faço malabarismo íntimo no caminhar de uma vida a dois. O que, em verdade, é fácil, posto que com uma mulher de bom gosto, soluciono seus débitos num passe de mágica, uma vez que ser uma delícia não é para qualquer uma.

Um beijo na boca. Um abraço apertado. Um suspiro de fechar os olhos. Uma taquicardia afetuosa. Um arrepio de transpirar. Um friozinho na barriga. Uma despreocupação com o mundo. Um olhar que diz mil palavras. Um desejar de boa noite após. Um bom dia antes. Um amor propriamente dito de modo prevenido. Uma década de rejuvenescimento. Um calor incontrolável. Depois que os lençóis exalarem o perfume do nosso amor, jamais serei esquecido!

(guilherme peruchi – vinte e dois de agosto de dois mil e onze)

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ensandecido nesta claridade



Ensandecido nesta claridade
Enquanto caçador impenitente
Caminho rumo à feracidade
No bom estilo de antigamente

Tenaz este rosto esverdeado
Resplendor de uma dor salutar
Suplico um mimo enamorado
Para teu postulante cortejar

Retido em pensamento cortês
Revelo teus melhores mistérios
E te explico todos os porquês

Ávido de fato feito amante
Libertino lírico sem critérios
Terás o amor mais excitante...

(guilherme peruchi – dezessete de agosto de dois mil e onze)


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Uma morena encantadora


És estonteante só de flagrar,
não há porque eu te resistir.
Este belo corpo de encantar,
tanto motiva o beijo por vir.

Tens natureza toda especial,
exatidão intuitiva masculina.
Pressinto teu suspiro divinal,
ao abraçar esta bela menina.

No cerne desta flor residirei,
assistindo todo amor nascer,
igual atração jamais cogitei.

Rosas brancas exalam afeto,
a minha pele vai te aquecer,
meu beijo será o teu dialeto.

(guilherme peruchi – dezesseis de agosto de dois mil e onze)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Juntos quem bota fogo sou eu



Alço voos pelo céu da tua boca,
aterrissando na pista da saliva.
Navego por ti e te deixo louca,
por eu ser a melhor alternativa.

Neste corpo mordo destemido,
ensinando-te como ter prazer.
Provará este homem resolvido,
do qual é impossível esquecer.

Transito à vontade neste olhar
capaz de me ferver por inteiro.
Viajo toda terra para te beijar.

Sinto este amor que será meu
pois respiro teu íntimo cheiro.
Juntos quem bota fogo sou eu!

(guilherme peruchi – dez de agosto de dois mil e onze)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Teu beijo submerso eu mereço


Minha exata delícia derradeira
Claridade que ainda não provei
Tuas pintas íntimas eu conheço
Juras de amor ainda persistem
Sabemos que dormirá satisfeita
Sou livre por haver tua censura
Mel ácido causador de toda dor
Teu beijo submerso eu mereço
Protuberância cheia de alegria
Quero teu sentir toda realizada
Me esfrio após teu suor quente
Na tua cintura me solto inteiro
Mordidas com vontade de beijo
Derretida por todas estas juras
Amo poder marcar presença lá...

(guilherme peruchi – quatro de agosto de dois mil e onze)