sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Uma morena encantadora (VIII)



Infecto de saudade inebriante,
sedicioso no deleite de morfina.
Tocado pelo amor triunfante,
única menina em minha retina.

Resides no leito do meu ser,
atriz exclusiva do meu espírito.
Não há mais nada a esconder,
deténs meu apreço irrestrito.

No cabedal de afeto, renasço.
Na esteira da carícia, percorro.
O bem bom do amor, eu faço.

A ventura pôs se em cartaz...
Mas só, ponho-me em choro,
e ao teu lado, respiro em paz!

(guilherme peruchi | 30 de setembro de 2011)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Uma morena encantadora (VII)



Inoportuno pesar neste lapso,
disjuntivo do caso mais bonito.
Desamparado entro em colapso,
plugados somos amor infinito.

Alvoreço espirando ternuras,
ciente do meu estado de fado.
Escureço proferindo mil juras,
confissões de um apaixonado.

Encaro com veemência a dor
de viver e vagar sem direção.
Hei de te amar a todo vapor.

Se eu te beijo sinto um sinal
de Deus alegrando meu coração.
Nasce assim um amor especial!

(guilherme peruchi | 29 de setembro de 2011)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Uma morena encantadora (VI)



Sinto-me leve pelo teor da paixão
Impulsora dos mimos mais gentis
As mais belas sensações são febris
Advindas de um despido coração.

Revestida por esta fática energia
Convergente do fraterno encanto
Ao nos abraçarmos somos magia
Espectadora de um amor e tanto.

Desvaneço em pedaços de tristeza
Vulnerável sou com tua ausência
Saudoso solitário sem delicadeza.

A lisura da afeição eu te prometo
Pra te namorar te peço anuência
Pelo nosso amor eu já me derreto!
                                                                                           
(guilherme peruchi – 28 de setembro de 2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Uma morena encantadora (V)




Asfixiado por uma boa cólera,
autora do meu despedaçamento.
Fez moradia em meu pensamento,
a paixão é o resumo da ópera.

Dissoluto propenso ao agrado,
cobiço nossas almas se amando.
Terno por estar bem apaixonado,
flutuo no amor se propagando.

Suplico nossas mãos bem atadas,
pois não hei de mais prantear,
desilusões serão águas passadas.

Disponho toda minha lealdade,
porquanto um presente vou te dar:
meu amor sem prazo de validade!

(guilherme peruchi – dezenove de setembro de dois mil e onze)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Uma morena encantadora (IV)



Sinto-me sem chão em virtude da saudade. Recordo-me de modo nostálgico daquela que faz meu órgão propulsor sanguíneo bater mais forte. É um belo delírio possuí-la. Muito mais do que marcante, tornou-se exclusiva do meu cordial afeto. Morena única, faço questão de ser seu construtor textual de maior predileção. O primeiro beijo nos mostrou que seremos inseparáveis, porém o último jamais existirá, visto que nosso caso há de se perpetuar.   

Descobrimo-nos em afagos, mimos e carícias. A completude do meu carinho adormecido acordou e te deu boas-vindas. Quando levanto, não hesito em acobertá-la com um milhão de cortesia. Ainda em sonolência, o jeito meigo desta união se torna o ar que respiramos. O preço do seu apreço que eu mereço sabe o endereço que eu adormeço. Quero outro abraço, outro beijo, outro olhar, outro dengo. O encanto da minha morena é tudo que eu mais quero.

Boa relação pressupõe sorriso, entretenimento, harmonia na cumplicidade, ombro amigo nos momentos árduos e um bom beijo de tirar o fôlego quando dos reencontros. Uma delícia cor de trigueira. Só de pensar, entro em profundo devaneio emotivo. Atenciosa nos assuntos sérios, gentil nas conversas informais, leve, boba e solta igual a mim durante as sessões de besteira. Química exímia nos momentos mais propícios ao exercício da intimidade conjugal.  

Inclino-me neste movimento impetuoso em termos de afeição. Arrebatamento oportuno na esfera pessoal. Um incêndio indelével, uma marca deixada na exatidão do perispírito. Uma vontade insana de tê-la comigo pelos quatro cantos e paredes. Feitiço do qual me enobrece, assim como me cega no melhor sentido. O monopólio do nosso caso surge assim naturalmente. Falo de respeito, de confiança, de paz, de ternura, de afeto, eu falo de paixão.    

Uma espécie de apogeu no que tange aos encontros despropositados. Um mistério salutar que aos poucos se desvenda. Uma maneira meiga de viver intensamente. A cada dia me encanto ainda mais por sentir a magia advinda daquela que é especial. Um bom sentimento ergue-se nas nuvens que jamais se dissipam. Sensibilizo-me quando te sinto e quando não te vejo me desestabilizo. Devo me encontrar, porque por dias já estou perdido de amores!

(guilherme peruchi – quinze de setembro de dois mil e onze)


domingo, 11 de setembro de 2011

Uma morena encantadora (III)



Vou te contar os olhos já não podem ver coisas que só o coração pode entender. Por mais que nos protejamos, estamos passíveis de novos e bem-vindos tremores internos. Deflagro uma boa companhia feminina com apenas um simples olhar. Ao acaso, tudo nasce sutilmente. O tempo se encarrega de tudo organizar. Fiz o que pude para me conter, porém não resisto te resistir.

Uma energia fascinante. Fico contagiado com todo este bem-estar que ora sinto, bem como me despedaço em alegria diante deste semblante feliz, e nervoso, quando me busca para um breve encontro vespertino dominical. Timidez logo surge na contramão da nossa pretensão. Mas nada que impeça a sede de reencontro daqueles que ontem se conheceram e hoje se pertencem.

Uma morena encantadora. Fiquei estonteado quando te flagrei. Revestida da mais pura feminilidade responsável pelo beijo que veio. Quando nos abraçamos, apenas ouvi dois corações sedentos de um amor leve, natural, meigo e voraz. Hei de habitar este amor puro que nasce inesperadamente. No frio meu beijo será teu cobertor e no calor meus abraços te apresentarão um amor de corpo e alma.

Meiga, detém toda suavidade de uma boa mulher. Maravilhosa, eu te considero a coisa mais linda do mundo. Doce, fala comigo numa sutileza única. Educada, palavras impregnadas de bons modos, despertando-me, assim, aquela deliciosa vontade de quero mais. Irradiante, nunca vi nada igual, quando perto de mim, encontro-me completo. Quente, no fundo do brilho ocular sinto que ferveremos.

Vamos ao cinema, vamos tomar vinho. Quero banho de praia, quero banho de chuva. Após pegarei um copo d’água, antes me entregarei enquanto homem. De manhã eu te mimo, à tarde eu sou teu melhor amigo, à noite eu te protejo e de madrugada eu te amo. Um beijo do qual jamais será esquecido, fundamental é mesmo o amor é impossível ser feliz sozinho!

(guilherme peruchi – onze de setembro de dois mil e onze)



quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Uma delícia nas alturas



Escalo a cordilheira de saia
Intrépido de fortuito tropeço
Apto a defrontar uma tocaia
Obstrutora do apraz endereço

Resfolgo um oxigênio lascivo
Sobrevindo dos planaltos carnais
Transpiro no caminho sensitivo
Aroma do qual não esqueço mais

Divago por planuras libertinas
Na cobiça de um repasto púbere
Digno das mais expressivas colinas

Durmo nas covas da vegetação
Aquecido por cobertas de úbere
Nas profundezas de uma paixão!

(guilherme peruchi – primeiro de setembro de dois mil e onze)