quarta-feira, 31 de março de 2010

Soneto ao amor desprezado

Tua inércia conduz-me solidão
de um triste labirinto sem saída.
Apresente-me teu doce coração
e salve-me das mágoas da vida.

Explode distinção em teu olhar,
desencadeia nosso justo anseio.
Presumo teu carinho e teu amar,
fervendo nosso merecido beijo.

Reverenciaremos chama e calor
com a franqueza do nosso amor,
ganhará de presente meu coração.

Suspirarei a calma da nossa paz
com minha flor não sofro jamais
e meu espírito falecerá de paixão!

(Guilherme Peruchi)

Soneto ao amor objetivo


Na tua saliva misteriosa me navego
Posto a saborear os teus bonitos lábios
Calmo feito uma criança no aconchego
Tornaremo-nos amantes e mágicos

Tuas mãos me tocam como porcelana
Me cedendo os mais ardentes agrados
Abuso-te respeitosamente na cama
Entrelaçados somos bons namorados

Beije-me mais me beije sem parar
Visto que é impossível não continuar
Pois impiedoso degusto teus sabores

Deite-se sorrateiramente ao meu lado
Apague a luz para este febril apaixonado
E me obedeça para eu te matar de amores!

(guilherme peruchi | trinta e um de março de dois mil e dez)

segunda-feira, 29 de março de 2010

Soneto à menina charmosa


De plano meu coração foi subtraído,
restou-me um trago para sobreviver. 
Fiquei com meu peito todo partido,
venha preenchê-lo senão vou morrer.

Beleza por si só enjoa rápido demais,
somente bonita não há dor de saudade.
És muito mais que charmosa, és mais,
consinto nosso desejo e nossa amizade.

Desfaleço nesta paixão crua e insana,
respirando-te a alma que me assanha,
pleno da paixão sem nada de achismo.

Acalmo-te, afinal pego-te de jeito,
matar-te-ei de prazer com todo respeito.
Assumo: amo-te na beira do abismo!

(Guilherme Peruchi)

domingo, 21 de março de 2010

Soneto à menina delicada

Delicada, quanto suplício

Perco-me por completo

Despida, meu dialeto

Agonizo desde o início

Bonita, quanta tortura

A mulher que perdura

Por fora e por dentro

Beijo-te, que atormento

Venha, conheça o desejo

Entregue-se, mereço teu beijo

Escute apenas este recado

Antecipo o amanhecer

Prevejo nosso estremecer

E confesso o nosso pecado.