segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Falo de amor porque sei lecionar

No teu colo, passeio sem pudor,
ciente da nossa plena harmonia.
Minha pegada transborda calor,
despidos detemos toda sintonia.

Com sutileza, faço-te meu ofício,
afinal conjugamos o verbo amar.
Poucos dias sem afeto é suplício,
falo de amor porque sei lecionar.

Representa a flor mais especial,
protagonista errante que exalto.
Linda de morrer, mulher divinal.

Uma história de amor exemplar,
cuja a veracidade é o ponto alto.
Sofro de paixão de tanto te amar!

(guilherme peruchi – último dia de fevereiro de dois mil e onze)

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O amor desencantado

Ao seu encontro, tornei-me perdido
buscando o esperado beijo ardente.
Cortado na alma, pleno descrente
diante do amor não correspondido.

Esforço não medi para tê-la comigo,
fui franco e claro ao me aproximar.
Garanti que seria seu amor amigo,
homem para lhe fazer subir ao altar.

Beleza feminina similar desconheço,
jamais me cansei para uma ocasião.
Lindíssima, ainda tem meu apreço!

O amor sem a flor se enfraqueceu...
Minha delícia meiga, preste atenção:
Meu coração se completa com o seu!

(guilherme peruchi – vinte e sete de fevereiro de dois mil e onze)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O paraíso do amor (II)

Preciso deste corpo extasiante
A tua beleza me torna esquecido
Respiro teu espírito apaixonante
Agonizo por um beijo merecido

Isto é, quero teu afeto sobretudo
Sonho imaginando nosso contato
Ouça este que anseia por teu tato
Meus olhos brilham se fico mudo

Assim, construo nossa comunhão
Revestido do interesse mais puro
Igual ao desejo da minha paixão

Agora exijo que acredite em mim
Não haverá outro similar, eu juro
Amar-te-ei para sempre, enfim...

(guilherme peruchi – vinte e três de fevereiro de dois mil e onze)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Quero residir no seu corpo

Em sua umidade excessivamente quente, mergulho sem saber emergir ao estado normal. Por uma desatenção repentina, caminho por seu íntimo como possuidor dos seus desejos. A vermelhidão que condiz ao seu órgão propulsor sanguínio se torna ainda mais intensa por influência do beijo ardido impulsionado pelo vinho prévio. Medito nossa congruência espiritual, porém somos um corpo único na celebração do amor. Seu sabor cítrico possui os aromas até então desconhecidos por mim. Sem pressa alguma, percorro seu relevo degustando sua peculiar topografia íntima. Lambuzo-me nesta benevolência que esperei pacientemente. Consegui porque sou verdadeiro no propósito, bem como lhe provei que não quero apenas uma noite, quero residir no seu corpo. O mais bonito piscar de olhos durante nossa celebração tem como pano de fundo a encantadora sonoridade involuntária do fato. Sua energia feminina me torna cegamente apaixonado. Será sempre minha aonde quer que esteja. Nosso tato é química pura. Inexiste outro que realmente resolve seu problema. Eu sem você sou só desamor, um barco sem mar, um campo sem flor, tristeza que vai, tristeza que vem, sem você meu amor eu não sou ninguém...

(guilherme peruchi – quinze de fevereiro de dois mil e onze)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Abstrações e outros devaneios (II)

Desta vez estávamos unidos pelo mesmo bloco de carnaval, porém separados pelas circunstâncias ainda obscuras. Bastou-me cair novamente no mais profundo sono para que a mais meiga protagonista voltasse a se destacar em minhas surreais predileções. Ao certo me recordo que, por mais uma vez, ao nos aproximarmos, por imediato nos flertamos com o brilho mais puro oriundo dos eternos amores. Se complexo já se perfaz explicar claramente o que consiste o amor real, quiçá versar sobre o amor inconsciente. Mas, mesmo assim, ainda que por rápidas frações de lembrança, vagávamos pelo bloco como se nunca tivéssemos nos separado. Apresentávamo-nos como os mais enraizados cônjuges. Eu enxergava seu rosto me flagrando feito à calmaria de um amanhecer na estação das flores. Nossas mãos dadas transpiravam ininterruptamente anunciando que nossos corações pegariam fogo uma vez sintonizados. Eu prendia seu cabelo à maneira mais delicada. Jamais deixava de te abraçar, de te proteger e de revelar (ainda mais) a minha fragilidade de ser seu intenso apaixonado. Eu não só senti as suas mãos, como ganhei um beijo que nunca mais esqueci...

(guilherme peruchi – treze de fevereiro de dois mil e onze)  

Nossa roupa de cama presencia o pecado

Sou livre quando um amor me prende
Aprecio o momento que brigo pela paz
Adormeço com os pesadelos mais puros
Juro o carinho que não conseguirei dar
Beijo teu semblante que me atormenta
A pele molhada debanda se te esquento
Fervo ao escutar tuas juras impossíveis
Adoro ser enganado por tua voz honesta
Perdoe-me por realizá-la além da conta
Nossa roupa de cama presencia o pecado
Sinto calor relembrando nossa acústica
Pervertido sou com mimos inesperados
Protejo teu íntimo com muita dispersão
Exijo teu esforço quando fico por baixo
Aniquilo os dias impróprios sem reclamar
Bato de frente se houver plena harmonia
Precisamos nos desfrutar na discórdia
Suculência peculiar entre quatro paredes
Assumo a esplendor do atrito corporal
Ao te satisfazer eu assino meu nome lá...

(guilherme peruchi – treze de fevereiro de dois mil e onze)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O amor é coisa séria!

Encontre seu propósito por intermédio de uma autorreflexão. Calmamente, devemos nos analisar em termos de identidade (conteúdo). Quem somos, o que gostamos, o que fazemos, para onde estamos indo e quem gostaríamos de ser num determinando tempo de nossas vidas e, sobretudo, quem queremos que esteja conosco – marido/esposa, amigos, colegas de trabalho, família e outros. Conselho imediato: cuidar de si é ter amor próprio (saúde mental, física e espiritual). Pois bem, retomando à ideia precedente, perdemos tempo fazendo coisas que não combinam com nossa identidade, que por óbvio se desenvolve (aprimoramento) com o advento da maturidade, bem como suportamos pessoas e situações das quais não convergimos e filtramos. Ato simples: façamos o que gostamos. A vida é muito rápida para nos ocuparmos com desnecessidades. Façamos o que tem sentido e o que de fato sentimos prazer, mas desde que seja dentro das leis da sociedade. Atentarmo-nos para o caminho que estamos trilhando, o amanhã é produto do presente. Talento é dedicação, vitória é persistência. Seremos o que hoje fazemos, estaremos (amanhã) com as pessoas que merecemos e seremos amados conforme o amor que dispensamos. O amor é coisa séria!

(guilherme peruchi – doze de fevereiro de dois mil e onze)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Abstrações e outros devaneios

Era mais precisamente na área da piscina, algo semelhante a um jogo de pólo aquático. Brincávamos todos, porém ao nos encostarmos, rapidamente não mais nos separamos. Os nossos estados civis se dispersaram inconscientemente, semelhante à natureza do sonho, conforme S. Freud. Assim, acordei assustado com tal imaginação involuntária. Eu senti as suas mãos... Inicialmente, por mais redundante que seja eu voltar a afirmar o tanto que te quero bem, não hesito em fazer as devidas reiterações. Pois bem, de lá pra cá nunca mais te esqueci! Fato. Por quê? Paixão, simplesmente. E com o passar dos anos, a paixão vai se tornando amor, saudade, mistério, carinho, desejo, pensamento, recordação, sonho etc. Você desfilava na rua da minha antiga casa, toda meiga e delicada, eu ficava completamente ensandecido! E durante aquelas noites de verão eu fervia de tanto prazer. Era um amor lindo. Que carinho recíproco, que complacência havia durante um ano inteiro para se chegar logo janeiro! Era um amor puro, inocente, mágico, verdadeiro, respeitoso, amigo, inesquecível... Logo quando nos beijamos, eu fiquei imediatamente derretido. O mundo precisa de amor, justamente o sentimento que sempre tive – e tenho – por você! "Não se afobe não, que nada é pra já, amores serão sempre amáveis, futuros amantes quiçá se amarão sem saber, com o amor que um dia deixei pra você".

(guilherme peruchi – dez de fevereiro de dois mil e onze)