Abstrações e outros devaneios (II)
Desta vez estávamos unidos pelo mesmo bloco de carnaval, porém separados pelas circunstâncias ainda obscuras. Bastou-me cair novamente no mais profundo sono para que a mais meiga protagonista voltasse a se destacar em minhas surreais predileções. Ao certo me recordo que, por mais uma vez, ao nos aproximarmos, por imediato nos flertamos com o brilho mais puro oriundo dos eternos amores. Se complexo já se perfaz explicar claramente o que consiste o amor real, quiçá versar sobre o amor inconsciente. Mas, mesmo assim, ainda que por rápidas frações de lembrança, vagávamos pelo bloco como se nunca tivéssemos nos separado. Apresentávamo-nos como os mais enraizados cônjuges. Eu enxergava seu rosto me flagrando feito à calmaria de um amanhecer na estação das flores. Nossas mãos dadas transpiravam ininterruptamente anunciando que nossos corações pegariam fogo uma vez sintonizados. Eu prendia seu cabelo à maneira mais delicada. Jamais deixava de te abraçar, de te proteger e de revelar (ainda mais) a minha fragilidade de ser seu intenso apaixonado. Eu não só senti as suas mãos, como ganhei um beijo que nunca mais esqueci...
(guilherme peruchi – treze de fevereiro de dois mil e onze)
2 Comentários:
Estou amando o look do blog, rs.
Eu acho que quando você for publicar seu livro, as imagens tem de ser publicadas também, porque casam muito bem com as palavras, com o título, contexto... e ajudam o leitor a entender melhor alguns textos.
E quem disse que não existe AMOR DE CARNAVAL... Que coisa linda Guilherme! hehe =)
o Último dos românticos! :*
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