terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Quero residir no seu corpo

Em sua umidade excessivamente quente, mergulho sem saber emergir ao estado normal. Por uma desatenção repentina, caminho por seu íntimo como possuidor dos seus desejos. A vermelhidão que condiz ao seu órgão propulsor sanguínio se torna ainda mais intensa por influência do beijo ardido impulsionado pelo vinho prévio. Medito nossa congruência espiritual, porém somos um corpo único na celebração do amor. Seu sabor cítrico possui os aromas até então desconhecidos por mim. Sem pressa alguma, percorro seu relevo degustando sua peculiar topografia íntima. Lambuzo-me nesta benevolência que esperei pacientemente. Consegui porque sou verdadeiro no propósito, bem como lhe provei que não quero apenas uma noite, quero residir no seu corpo. O mais bonito piscar de olhos durante nossa celebração tem como pano de fundo a encantadora sonoridade involuntária do fato. Sua energia feminina me torna cegamente apaixonado. Será sempre minha aonde quer que esteja. Nosso tato é química pura. Inexiste outro que realmente resolve seu problema. Eu sem você sou só desamor, um barco sem mar, um campo sem flor, tristeza que vai, tristeza que vem, sem você meu amor eu não sou ninguém...

(guilherme peruchi – quinze de fevereiro de dois mil e onze)

2 Comentários:

Às 16 de fevereiro de 2011 às 00:02 , Anonymous Clécio disse...

Blogueiro por amor, poeta por natureza.

 
Às 21 de fevereiro de 2011 às 12:03 , Blogger Mayara Gabriela disse...

Que forma poética de falar sobre o coração meu amigo... órgão propulsor sanguínio? hehe ^^
Belo texto! Nunca deixe de escrever... suas palavras me curam como terapia! :)

 

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