sexta-feira, 30 de julho de 2010

Episódios de um encontro nada convencional (II)

Mediante a legitimidade ativa obtida pelos precedentes de outros episódios, procedi um justo e honesto telefonema a menina detentora das atenções mais aguçadas do elemento correspondente a primeira pessoa do singular que emerge neste novo mimo textual:

“ – Pequena, tudo bem? Vamos apreciar um bom café amargo acompanhado de um bom pão de sal com queijo apenas”?

“ – Guilherminho do meu coração, hoje novamente eu não posso, porque preciso viajar daqui a pouco, perdoe-me”!

Como de costume, persisti no propósito não acatando, mas atacando:

“ – Que desprestígio! Estou cansado, estou com frio, meditei literariamente no transcorrer de todo este dia que se encerra. Só seu semblante acalmará meus nervos. Vamos nem que seja rápido”?

Sinceramente não sei com qual tom anunciou-me que sim, entretanto desde que fosse faticamente rápido o deleite na padaria.

Um lindo sorriso ao nos reencontrarmos, um abraço quente que neste razoável frio de Nova Venécia torna-se similar a sauna do clube do colina, um beijo açucarado que transcende o doce de leite da Veneza. Ainda que desarrumada, a menina de baixa estatura consegue arrancar suspiros deste modesto prosador.

Entrelaçamos as nossas mãos na mais precisa união enérgica. Escolhemos a mesma mesa e fomos servidos pela mesma (e sempre gentil) funcionária.

Paqueramos com todo carinho e frescor como se estivéssemos no central park em Nova York. Não importa o lugar, importa o casal. Dinheiro se ganha com trabalho; amor se conquista com amor!

É sempre ótimo nosso (re)encontro com direito a um serenata de ‘amor’ pós-conta para minha pequena, que cada vez mais torna-se ainda maior dentro de mim! Resume-se assim mais um episódio de um encontro nada convencional...

(Guilherme Bastos de Peruchi – 30 de julho de 2010)  

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial