quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O pecado do nosso amor exige exclusividade (II)

No prefácio da nossa canção, absorvo toda solidão que inexiste mais. A explosão do beijo que não se divorcia, ferve ainda mais perante os continentes mais gelados. Seu brilho encantador consegue perfumar até as tragédias cotidianas sobrecarregadas de lástimas. Os ventos gelados de agosto que cortam as montanhas mais altas, de nada servem diante do seu abraço que aquece minha pura incerteza de um dia ser saciado.

Caso não ganhasse seu coração, não me restariam dúvidas de que neste momento estaria destruído espiritualmente na rua da amargura. O tempo predomina na razão, assombra quando canto nosso amor numa acústica incompreensível. Contratempos passaram, pois a saudade fixou residência entre as nossas moradas. Os mais belos contatos corporais se encontram próximos, mas por outra banda, desespero aparece na calada da noite quando não há profundas respirações oriundas das mentes mais quentes que nos incendeiam dos pés à cabeça.

Estou sendo mesmo um menino muito mau. Só pode! Nem recebo sms, mesmo assim eu continuo gostando muito de você, minha gata-pequenina. Diante desse desencontro, fico em paz interior, porque no momento que esta pequena tiver consciência da química físico-espiritual que dispomos, virá rapidamente apreciar o brilho dos olhos meus que estarão em conformidade com seu semblante de menina completamente apaixonada que de fato está!

Jamais cogitarei a possibilidade de suportar poucas horas semanais sem nosso calor. A efervescência dos nossos beijos e acessórios consistem na queimação do pecado de entrosamento homem e mulher. Revestido de transpirações, beijos leves e profundos, mordidas amenas com arranhões similares numa escassez de vestuários.

As vozes que, no mais baixo tom, exigem um carinho facial mais arrastado próximo ao rosto, contato labial que maliciosamente vai descendo com sutileza de idas e vindas por toda região frontal que dá suporte as mais lindas mamárias internas protetoras do coração. Ainda que por fora – inicialmente – o carinho na posteridade assumirá o cargo de desbravador dos relevos profundos que portam as águas mais férteis e afrodisíacas. Banhar-me-ei nesta liquidez íntima, assegurando com conhecimento de causa, que serei batizado no amor. Resultado: amor, hoje tem!

(Guilherme Peruchi – 04 de agosto de 2010)

5 Comentários:

Às 4 de agosto de 2010 às 02:56 , Anonymous manuel feliciano disse...

Isto é poesia em prosa, belo demais, saboroso, te delicia hoje com esse vinho enebriante te exalta, hoje subiste às montanhas e não tiveste medo, foste um Deus, um poeta por inteiro, nasceu um novo escritor no Brasil, e olha que o meu corpo está ferido, mas já nem me lamento depois que lhe li esta poema dos Céus.


Poeta manuel feliciano

 
Às 4 de agosto de 2010 às 03:00 , Anonymous Anonymous disse...

Gui,

Sempre gosto mt das suas crônicas e essa ñ foi diferente!

 
Às 4 de agosto de 2010 às 03:10 , Anonymous Anonymous disse...

Muito bom ... Como disse meu amigo do comentario de cima:
Nasceu umnovo escritor no Brasil.

 
Às 4 de agosto de 2010 às 13:43 , Anonymous Anonymous disse...

Muito bom mestre, o seu amor e de sua menina está cada vez o inspirando mais
abraço,
JP

 
Às 4 de agosto de 2010 às 23:10 , Anonymous Anonymous disse...

Deliciosa!

 

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